segunda-feira, 30 de março de 2009

Descançando em Deus


DESCANÇANDO EM DEUS
Ah, se agíssemos com Deus como nossos cães agem conosco. Um dia desses quando chegava em casa, meu cão me recebeu com pequenos uivos - como quem pede algo - e com saltos espalhafatosos. Ele não havia ido na rua fazer suas necessidades e nem tampouco havia se alimentado. Notei que após ter pedido a seu modo, ele se deitou calmamente no chão, como quem simplesmente confiava que seria satisfeito. O que nos diferencia dos seres irracionais é, obviamente, a nossa capacidade de raciocinio. Ele pode funcionar para o bem e para o mau. É através dele que compreendemos o caráter de Deus e é por meio dele que muitas vezes nos rebelamos contra Ele por nos julgarmos auto-suficientes ou por diversos outros motivos "racionais". O cão não entende. Sua única opção é aceitar suas condições e ser submisso. Se ele conseguisse raciocinar, poderia julgar o fato de eu olhar os bilhetes na geladeira antes de levá-lo na rua como algum tipo de má vontade e se rebelar contra mim. Mas a única coisa que eu acredito que ele percebe em seu limitado instinto animal é que até então eu nunca permiti que ele passasse fome e que uma hora ou outra eu acabaria satisfazendo suas necessidades. Isso era tudo que ele precisava para deitar-se no canto da sala calmamente e descansar.

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